quinta-feira, 30 de abril de 2015

França: proibição de gays doarem sangue deve ser justificada

           A justiça europeia decidiu nesta quarta-feira, 29 de abril, que a exclusão dos homossexuais das doações de sangue na França pode ser justificada, mas apenas se ficar demonstrado que é a melhor forma de evitar riscos para a saúde.
O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) emitiu sua decisão depois que um homossexual protestou em 2009 contra o fato de ter sido proibido de doar seu sangue na cidade francesa de Metz (leste). Em 2009, um médico do centro de doações de sangue de Metz negou a esse homem a possibilidade de doar seu sangue, sendo que este levou seu caso para o tribunal administrativo de Estrasburgo (leste), perguntando à corte europeia se a exclusão permanente dos homossexuais era compatível com o direito comunitário.
O TJUE afirmou que a proibição francesa, que remonta a 1983, pode violar o princípio europeu "de não discriminação baseada na orientação sexual", embora tenha considerado que esta medida pode estar justificada.
"Deve ser estabelecido se estas pessoas apresentam altos riscos de contrair doenças infecciosas severas como a AIDS, e que não existem métodos efetivos ou menos restritivos para assegurar um alto nível de proteção sanitária", declarou a corte europeia.
Se forem encontradas novas formas de garantir que o sangue doado não está contaminado, talvez já não seja necessário proibir as doações dos homossexuais, indicou o TJUE.
Entre as possíveis soluções, o tribunal ressalta que o HIV pode "ser detectado com técnicas eficazes", como o isolamento das bolsas de sangue por 20 dias, duração necessária para detectar o vírus no sangue contaminado.
No início de abril, os deputados franceses votaram uma emenda exigindo o fim desta proibição que, segundo muitos, estigmatizam os homossexuais, ou seja, censuram, condenam os gays, sendo que na verdade, qualquer pessoa, independente de sua opção sexual pode possuir doenças infecciosas.
A França proibiu os homossexuais de doar sangue em 1983, pouco após a descoberta do vírus da AIDS, que provocou a morte de cerca de 39 milhões de pessoas desde então. Por que somente agora foi tomada essa decisão? Logo num país tido como desenvolvido? Isso quer dizer que a França apesar de apresentar altos índices de desenvolvimento econômico e social, ainda é um país preconceituoso. Está certo que para doar seu sangue a pessoa tem que estar saudável para não correr o risco de contaminação, mas não precisa tanta discriminação com os homossexuais, que para terem seus direitos assegurados precisam protestar diante de um juiz, afinal eles também são seres humanos.
É realmente um absurdo o que vêm acontecendo no mundo... Pessoas tendo preconceito com índios, negros, religiosos e até mesmo com os homossexuais. Dizem que os gays não são deste planeta, que deveriam ser exilados e mortos. Isso tudo apenas porque preferiram a opção de se tornarem pessoas de “outro sexo”.
Porque há tanto preconceito com os homossexuais? Será que é porque a população não “cresce”, não evolui mentalmente? Ou será que é porque acreditam que isso os levará a um lugar melhor no mundo?
Se essas perguntas estiverem corretas e se suas respostas forem positivas e convincentes, “bato palmas” para os seres humanos, porque, francamente, não é possível que eles não consigam perceber que isso só os leva a ficar como ruins na história, que não conseguem assumir que todos nós somos seres humanos e que todos possuímos a liberdade de expressão, independente de nossa cor, raça, religião ou opção sexual.
Espero que isso realmente mude, não só na França, mas em todo o mundo, porque está ficando um absurdo esta situação! Será que por ter uma opção sexual diferente os homossexuais não são humanos? Há muitas pessoas que pensam assim... Infelizmente isso é uma vergonha... Para solucionar o problema não precisa tribunais para decidir, e sim que cada pessoa aceitar a outra como ela é. Cada um aprenda a conviver com as divergências dos outros, afinal não somos iguais, mas somos todos SERES HUMANOS!!!

Acorda mundo, isso não leva a nada!



   “Do pó viemos e ao pó que voltaremos”, quer uma frase que melhor exemplifica que a distinção social é desnecessária? Em pleno século XXI, a presença desse empecilho para evolução da humanidade ainda permanece e é prejudicial a qualquer um. Não há um caso isolado aqui e outro lá. Isso é presente em qualquer lugar, na saúde pública, nas cotas em universidades, e até mesmo entre os países mais desenvolvidos, onde isso mais ocorre.                                                         Um homem de 31 anos que ficou 18 dias à espera de uma vaga na área do centro cirúrgico do único hospital público localizado em sua cidade. Ele foi atropelado por uma moto, e fraturou o fêmur, mas devido à demora pela vaga, morreu. “O rapaz que o atropelou com cinco dias fez a cirurgia no braço, que fraturou em três lugares. Foi liberado porque tinha plano de saúde”, conta a viúva Luciamara dos Santos Santana. Até mesmo em acidentes cotidianos podemos perceber a presente distinção, que não gera preconceito, mas nesse caso gerou a morte de uma pessoa inocente, enquanto o outro, simplesmente por ter plano de saúde, foi atendido rapidamente.                                                                    Há ainda mais casos na área da saúde, como a distinção entre a saúde pública e privada e a situação de quem vive essas realidades. “Um sistema que foi criado justamente para se constituir uma opção em que a população pudesse ter um atendimento diferenciado na prática, isso não tem acontecido pelas dificuldades existentes”, afirma Jorge Darze, presidente do Sindicado dos Médicos do Rio de Janeiro. Existe dificuldade nesse processo uma vez que há um número muito grande de pacientes para uma parcela insuficiente de médicos, dificuldade para marcar consultas, demora para o atendimento, dificuldade de realizar outros procedimentos na área da saúde pública além da falta de disponibilidade de materiais adequados para utilização no meio hospitalar. “Não estou me referindo a um exame sofisticado, mas um simples ultrassom, ou uma mamografia. A gente encontra este cenário. Realmente, a medicina pública precisa de um grande avanço, pois ela é a oficial para os pacientes no país, a outra opção é apenas complementar”, destaca o oncologista Geraldo de Queiroz. Vivemos em uma realidade totalmente erronia, é inevitável a indignação diante de tal situação porque a grande parte da população recebe o salário mínimo, paga altos impostos que seriam supostamente investidos principalmente na saúde e educação, estamos em crise, convivemos diariamente com a inflação e quando há a necessidade de receber ajuda do governo, isso não é possível, porque os serviços não são adequados. Em hipótese alguma, podemos julgar os médicos como culpados, é claro que há casos em que médicos, principalmente do SUS, não cumprem o horário de trabalho, mas em outros casos, esses profissionais estão dispostos a trabalhar, mas não há equipamentos nem pessoas suficientes para atender toda a demanda. Sorte é aquele que tem condições de utilizar o sistema de saúde particular, já que os médicos em geral cumprem o horário de trabalho, há equipamentos e profissionais disponíveis ao atendimento, mas infelizmente o que dificulta sua utilização são os altos custos, na maioria das vezes pouco acessíveis a população, prejudicando-a. “Hoje em dia, a forma possível das pessoas terem acesso a uma medicina mais próxima da realidade do mundo, com exames mais sofisticados, é saúde suplementar, além de permitir o acesso à área de saúde nos seus vários aspectos, especialistas. A área da saúde tem uma inflação própria, bem diferente da inflação global do país. Isto não é contemplado por essa agencia [ANS]”, ressalta o médico Queiroz que convive diariamente com as duas realidades. É uma situação complicada, a saúde pública é ruim e a saúde primada e cara.                                                                                     Queremos viver em uma sociedade igualitária, mas por onde começar se as próprias autoridades de nosso país cometem atos de descriminação social? Há uma série de opiniões e argumentos sobre as cotas em universidades, exclusivas para negros e estudantes de escolas públicas. Em relação aos estudantes de escolas públicas, é importante ressaltar que o resultado do ensino nas escolas públicas e privadas tem sim diferença, mas quando um aluno é dedicado e busca por seus objetivos, este é capaz de fazer a prova, seja ela do ENEM ou outra, e conseguir um bom resultado no curso que deseja, ou seja, isso torna inútil a existência das cotas e só facilita a vida daqueles menos dedicados. Outro fator é a cota para negros. Através da justificativa dessa cota, podemos concluir que as próprias autoridades consideram os negros inferiores e incapazes de obterem sucesso nessas provas, uma vez que há a necessidade das cotas. Isso é uma ideologia totalmente errada, porque independente da cor da pele, a capacidade mental do ser humano é igual, e a capacidade de sucesso em uma prova e na carreira de trabalho é a mesma visto que a cor da pele não altera o nosso desenvolvimento. Isso mais uma vez, torna a existência das cotas raciais desnecessárias.                                                                    Desde 1987 a Turquia enviou uma solicitação para fazer parte da União Européia, mas devido à grande parcela da população ser mulçumana, países como Alemanha e França não desejam sua adesão. Caso entre para a União Européia, consequentemente farão parte do espaço de Schengen (espaço de livre circulação de pessoas), permitindo que esses mulçumanos circulem livremente pela região européia. Isso contraria as demais nações, visto que seguem o cristianismo e vêem os mulçumanos como terroristas. O fator que gera interesse da União Européia em aderir à Turquia ao bloco é devido ao fato de ser uma potência, visto que a Europa passa por uma grave crise. Vimos então, mais um caso de distinção social, gerada pela diferença de religião entre essas nações, mostra também que mesmo em países desenvolvidos, a presença da distinção social permanece e é intensa. Um absurdo!                                                                                              Diante de todas as situações citadas anteriormente, nós nos perguntamos, quando isso vai acabar? Não há data definida, mas em um futuro em que o ser humano tenha consciência que todos os humanos são iguais, independente da cor, cultura, condição social ou nação. Caso isso não ocorra, nunca avançaremos. Em relação à situação da Turquia, em pouco tempo será solucionada já que o interesse político e econômico supera qualquer outra barreira, até mesmo a distinção social. Em relação a situação da saúde pública e privada, não podemos dizer que é um caso isolado de nosso país porque outros países também sofrem com essa condição. Mas muitos outros países fornecem a população boas condições de vida, onde a saúde é de qualidade para todos. Em relação as cotas para universidade, não será um benefício fácil de se colocar fim, porque grande parte da sociedade é beneficiada, mas quem sabe através de reivindicações não conseguimos viver em uma sociedade igualitária. Para prevenir situações com exceção a da Turquia, devemos escolher melhor nossos governantes, para que não ajam de tal forma nem criem projetos que discriminam determinada parcela da população, mas são disfarçados como forma de benefícios a essa parcela.







Estudantes em manifestação contra as cotas em universidade








Charge referente a situação crítica dos hospitais públicos.







Comparação entre uma maternidade particular e um hospital público.




Melissa Carniato Dias

Legalização da maconha: Uma boa ideia?




        Várias cidades do Brasil já confirmaram participação na Marcha da Maconha 2015, o movimento reivindica a produção e distribuição da erva no Brasil, para ser consumida como planta medicinal e recreativa.
           A marcha tem uma organização descentralizada, sem apoio de um órgão associado. Assim cada marcha será de um formato distinto. Por enquanto, já existem atos programados entre o dia 9 de maio e 10 de outubro, por todo o país. E capitais como Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife terão protestos em pontos estratégicos, onde passam milhares de pessoas por dia.

           A maconha é uma droga de fácil acesso, é encontrada e vendida em várias esquinas, em botequins, ou nas famosas ‘boca de fumo’. As autoridades por sua vez não tem controle sobre esses lugares. Qualquer criança, ou adolescente, ate mesmo adultos, podem comprar essa droga facilmente. Logo, só posso adjetivar essa marcha como, senão tola, patética. Isso é realmente algo inacreditável. Pessoas que alegam estar de acordo com a legalização desta droga, estão alegando que estão a favor do aumento da procura pela maconha em um país que não consegue controlar as drogas legais, como o álcool e o tabaco, consumidas por adolescentes. A verdade é que ela não iria diminuir a criminalidade, como muitos pensam, mas sim geraria um tráfico paralelo, como já acontece com o cigarro. A legalização passaria a ideia de que a cânabis é inofensiva. Mas quem fuma maconha consome quatro vezes mais alcatrão e cinco vezes mais monóxido de carbono do que se fumasse um cigarro, além dela causar bronquites; tosse crônica; impotência sexual; perda de noção do tempo e espaço; perda de coordenação motora, equilíbrio e fala; aceleramento do coração; além da perda temporária de inteligência.

          Mas o canabidiol não alivia as convulsões e as dores dos pacientes que sofrem de doenças graves e também vem sendo cogitado para o tratamento de câncer, Mal de Parkinson e outras enfermidades que desafiam a medicina?

            A verdade é que não existem pesquisas suficientes que comprovem a eficiência do canabidiol. Nem todos os países desenvolvidos acreditam nos poderes terapêuticos da substância. Acredita-se que há outros remédios mais eficazes, logo, a legalização dessa droga não é necessária, haja vista que até mesmo em sua maior vantagem, há outros remédios que são melhores e não causam a mesma quantidade de prejuízos. O fato é que legalizar a maconha não diminuiria o consumo dela, nem mesmo sua brutalidade. Portanto, sua liberalização é um modelo arruinado. E quando digo isso, não achem que é uma conclusão única feita somente por mim. Até mesmo a agência regulatória americana FDA (Food and Drug Administration), referência mundial em saúde, é contra a liberação do ato de fumar maconha, inclusivamente para fins terapêuticos Ainda, a própria presidente do Brasil, Dilma Rousseff, não é favorável à legalização deste entorpecente, uma vez que tal coisa não acabaria (e nem chegaria perto) com o tráfico de drogas e também que as principais drogas e mais prejudiciais neste país são o crack e a cocaína.

          Portanto, tiro apenas uma conclusão disso tudo: sua legalização não é a melhor opção, uma vez que os prejuízos que ela traria são muito maiores que suas vantagens. Não é que a legalização desta droga seja sem fundamentos, porém se analisarmos todos os efeitos que ela acarretaria, veremos que ela deve continuar sendo proibida. Talvez devêssemos, ao invés de organizar marchas nas ruas para legalizar a maconha, procurar alternativas para substituir suas vantagens, ao invés de legalizá-la e sofrer com as consequências que ela traz.






Apesar de não a mais prejudicial, pode causar graves problemas aos seus usuários.




Principais prejuízos da maconha


Antônio Carlos Macedo Lourenço