sábado, 10 de outubro de 2015

À espera de um “príncipe encantado”

           
        Geralmente, quando as pessoas estão em um caixão, elas não pensam em nada. Elas não esperam por nada. Porém, diferentemente de tudo, uma princesa esperava ansiosamente por seu príncipe encantado. Ao invés de gigantes e mágicas camas, seu repouso era nada mais nada menos que um belo caixão dourado.

        No entanto, o tempo passava e... Nada. Seu príncipe poderia estar em um engarrafamento na avenida paulista, em lojas comprando um belo presente ou em qualquer outro lugar. Mas diferente de tudo que se podia esperar, o tão sonhado e perfeito cavalheiro moderno estava no computador, alienado por um jogo online chamado Dota 2.

         Com isso, a pobre donzela sempre ficava a esperar seu príncipe, contudo a hora mais aguardada nunca chegava. Dias e dias se passavam, e aquele forte homem em uma BMW branca, com presentes que a agradariam, ficava restrito apenas à sua imaginação. 

          Com apenas solidão em seu coração, abandono e desilusão, indagações começaram a perturbar a mente da pobre donzela: Que tipo de príncipe era aquele? Apenas um jogo seria capaz de impedir o que o destino havia reservado? Um simples jogo online iria destruir toda a vida da princesa e tudo aquilo que ela havia planejado? E junto com as indagações, para evitar tamanha decepção, logo foi se formando também na mente da donzela apaixonada um pensamento conformista: Poderia ser que para seu príncipe aquilo não fosse apenas um jogo, poderia ser um vicio, uma realidade que ele preferia à sua que lhe foi destinado. Os jogos são febres nos jovens e ele era apenas uma vítima de tudo isso, como era tão comum naquela época. Sim, pessoas jogavam fora sua vida social para jogarem e se divertirem, gastando enormes quantias em dinheiro para apenas lutarem virtualmente uns contra os outros. E ela aceitava isso. Mas ela só queria ser buscada. Não ligava mais para o amor dado. Só queria deixar aquele caixão que por uma vida toda vivera.

         E atendendo as preces da nobre moça, uma luz clareou a mente do forte e alienado príncipe: Ele percebeu que havia coisas muito mais importantes. Que a realidade que ele vivia que realmente importava e que sem sua princesa, nada daquele mundo virtual e de seu mundo real fazia sentido. Deste modo pegou seu enorme e bonito carro, passou no posto de gasolina e foi à procura de sua amada donzela. Andou quilômetros e quilômetros, enfrentou trânsitos, radares, pedágios, mas sim, ele buscou sua princesa. Ele realizou o sonho de sua amada, realizou o que o destino havia lhe preparado. Assim, a prometeu que nunca mais jogaria nenhum jogo e que se dedicaria exclusivamente à ela. Àquilo que ele realmente precisava e se importava: A vida real. E assim, viveram felizes para sempre...


                    OTÁVIO LOPES LIMA

13 comentários:

  1. Otávio, seu texto ficou não ficou ruim, mas também você não se saiu maravilhoso. Ou seja, você se saiu bem em certos pontos, mas em alguns falhou. Em primeiro, você seguiu claramente a estrutura do conto, foi original e seguiu a norma padrão da língua portuguesa. No entanto, mesmo que você tenha refletido sobre uma coisa que parece banal, mas é seria: O vício, principalmente dos jovens sobre as tecnologias e os jovens; seu texto não foi envolvente. Ou melhor, mesmo que você tenha seguido à risca o que necessitamos para fazer um bom conto, sua história não conseguiu conquistar o leitor. Ele apresenta poucas ações e estas não são muito interligadas e coerentes; tendo este fato pesado negativamente em seu texto. Porém, creio que você tenha sim se saído bem.

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Otávio,gostei de seu conto.Você seguiu corretamente a estrutura dos contos e seu texto está em uma linguagem fácil de entender.Você girou a história do seu conto,em um assunto muito importante e preocupante principalmente na vida dos jovens de hoje em dia : o vício.Com uma ótima lição de moral no final,que devemos seguir e nos preocupar com a vida real,diria que você se saiu bem em seu texto.

    ResponderExcluir
  4. Otávio, seu tema foi realmente inusitado, gostei muito da sua criatividade e também da lição de moral. O texto ficou muito bom, porém não houve muitas ações, e sim muita descrição, e isso deixou o seu texto entediante. As novas tecnologias vêm tomando grande parte da vida de diversos jovens ultimamente, podendo levar ao vício. Eu possuo um ponto de vista diferente do que o ponto de vista mencionado no seu texto, acho que, por falta de vida social, muitos jovens procuram soluções para isso, muitas vezes recorrendo aos jogos online, onde eles podem conversar e se divertir com outras pessoas, fazer novas amizades e, então, achar um modo de vida alternativo, sem precisar fazer esforços para ter uma vida social. Quanto à linguagem do seu texto, achei bem colocada e as informações estão coerentes.

    Bruno Ferreira

    ResponderExcluir
  5. Otávio,seu tema foi muito bem escolhido, pois essa globalização, infelizmente, nos trouxe esse triste problema de vício, essa falta de controle sobre si mesmo, o que é deprimente em alguns casos, mas que pode ter cura. Em relação a estrutura, não vejo erro algum, você merece os parabéns dessa vez, foi muito bem.

    ResponderExcluir
  6. Otávio, seu tema foi bom, mas não foi tão bem desenvolvido, você se focou no mesmo assusto em todo o texto, não houve algo que nos deixasse intrigado com o texto, e achei muito errado ter falado sobre Dota 2, como se apenas ele nos fizesse ficar em frente ao computador e não são em todos os casos isso.

    - Filipe

    ResponderExcluir
  7. Parabéns Otávio, realmente fiquei surpresa com seu texto e gostei muito dele. Você apresentou ele de uma forma curta e de fácil entendimento, além de ter seguindo todas as propostas que foram apresentadas, o tema foi muito bem escolhido pois é algo muito discutido por todos mais que está presente no mundo todo e o sua lição no final ficou muito boa. Enfim, parabéns

    ResponderExcluir
  8. Otávio, gostei muito do tema tratado, criativo e chamativo, porem devido a falta de ações e muitas descrições em seu texto , ficou um pouco intediante a leitura, mas você se utilizou de uma linguagem dentro da norma padrão do português, e foi muito criativo, acho que esse vício dos jovens de hoje sobre os jogos online apenas o tiram a vida social, e o contato físico com outros jovens, o que é muito importante na juventude, logo acabam ficando presos a esses jogos e se tornam sedentarios, o que é muito triste

    ResponderExcluir
  9. Otavio,voce se saiu bem,seu texto posssui a estrutura corrreta,linguagem facilmente de ser entendida,alem de passar uma otima liçao de moral.Sao tantas coisas que poderiam ser feitas,mas mesmo assim muitos preferem ficar garados em uma coisa que nem ao menos é verdadeira.
    Parabens!
    Jullia Massensini

    ResponderExcluir
  10. Otávio, primeiramente tenho que elogia-lo, pois, apesar de o texto não ter ficado perfeito, ele ficou bom, pois falhou em alguns pequenos detalhes como: poderia ter explorado melhor o assunto, pois sinto que ele ficou um pouco vago.
    Fora isso, você soube ser bem original, além de estar de acordo com a língua portuguesa. Parabéns!

    IGOR VARIZA

    ResponderExcluir
  11. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  12. Otávio, seu texto está bom. Você conseguiu desvendar toda a estrutura de um conto perfeitamente, porém como dito previamente falhou em alguns pontos, não conseguindo dominar o leitor para que ele se interessa-se mais para o seu texto. Deveria ter influenciado mais o ledor, com informações mais lúcidas, algumas partes de seu conto está sem nexo, deixando-o pouco confuso.

    ResponderExcluir
  13. ótimo texto do genial otávio lopes lima, meu melhor primo escritor. Você conseguiu captar a essencia do carlos drummond de andrade.
    Rodrigo

    ResponderExcluir