A falta de médicos e equipamentos disponíveis na área da
saúde pública vem prejudicando imensamente a população que necessita deste serviço.
Não tendo condições de irem a hospitais particulares, essas pessoas muitas vezes
morrem, pois após terem descoberto seu problema, procuram hospitais públicos
para serem atendidos e de tanto esperarem a vez de serem atendidos e poderem
entrar em tratamento, fazer uma cirurgia e alcançar a solução de sua doença,
seus problemas vão complicando e estas não têm outra solução a não ser esperar
a morte chegar.
“Tão dizendo que tem médico, mas para mim é a mesma coisa de não ter.
Não está atendendo, estamos aqui que nem cachorro” reclama a estudante Raiane
Souza Aguiar que necessita deste serviço. Este é apenas um dos milhares de
problemas que a população brasileira enfrenta diariamente.
Quem não necessita deste serviço, não
tem ideia do que as pessoas que vêem e vivem isso todos os dias passam. Filas e
filas de pessoas doentes, precisando urgentemente de atendimento médico,
sentindo dores, lutando contra a morte pelos corredores dos hospitais lotados e
muitas vezes sem um lugar para se deitar.
É comum vermos nas mídias, reportagens
de pessoas procurando atendimento médico pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e os
médicos que eram para estar de plantão simplesmente não vão para o trabalho. O
pior de tudo é que estes, no fim do mês ganham um salário na maioria das vezes
farto, ocorrendo casos até de médicos que recebem por plantões que não foram cumpridos.
Enquanto grande parte da população brasileira trabalha para poder sobreviver e
ainda poder pagar taxas altíssimas de impostos exigidos pelo governo, esse
dinheiro que era para ser investido na saúde, educação, de forma geral, beneficiando
a população, vão muitas vezes para as contas bancárias de políticos corruptos
através do desvio de dinheiro. Assim o dinheiro que era para retornar para a
população através de projetos benéficos não tem retorno a ela.
Um exemplo dos fatos já relatados foi o
acidente de um homem de 31 anos que ficou 18 dias à espera de uma vaga na área
do centro cirúrgico do único hospital público localizado em sua cidade. Ele foi
atropelado por uma moto, e fraturou o fêmur, mas devido à demora pela vaga,
morreu. “O rapaz que o atropelou com cinco dias fez a cirurgia no braço, que
fraturou em três lugares. Foi liberado porque tinha plano de saúde”, conta a
viúva Luciamara dos Santos Santana.
O governo só não toma iniciativas em
relação a esses ocorridos, pois, estes não necessitam de um sistema público de
saúde e podem pagar por planos de saúde particulares e eficientes. Eles não
sabem a dor de perder um ente familiar por ineficiência da saúde pública
brasileira. Não sabem o que é ficar com uma pessoa com sérios problemas de
saúde num corredor de hospital, sem atendimento digno a um ser humano, e este
morrer, pois não resiste mais. Não sabem o que é precisar pagar caro por um
remédio, para fazer uma cirurgia ou um tratamento, mas não ter condições
financeiras para pagar um serviço de saúde digno e o serviço de saúde pública
não ser eficiente como deveria.
Ainda estão em processo, iniciativas
para incentivar a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil. Há dados mostrando
que o nosso país tem apenas metade dos médicos que precisa. Mas outro fato que
também atrapalha a eficiência nos atendimentos é a alta de equipamentos
hospitalares disponíveis. Por isso é necessário esperar dias e dias até chegar
nossa vez. No entanto, devido a esse tempo de espera, as pessoas que necessitam
rapidamente destes equipamentos, muitas vezes, não resistem a esse tempo e
morrem.
Desse modo, concluímos que a nossa saúde
pública é péssima, tanto pela falta de médicos ou a má vontade desses para nos
atender, quanto pela falta de equipamentos disponíveis nos hospitais. Como
solução podemos pressionar mais o governo para que este invista cada vez mais
na saúde pública, assim esta poderá atender toda a população. Outra solução,
porém um pouco mais demorada, mas bastante eficaz é o investimento em cursos de
medicinas, como mais vagas disponíveis, assim, serão formados mais médicos.
Caso esta solução seja colocada em prática, não será necessário incentivar a
vinda de médicos estrangeiros para nosso país, valorizando assim, sua própria
população.
Melissa Carniato Dias - 11/09/2014