terça-feira, 9 de setembro de 2014

Ato de racismo no futebol brasileiro

          No último dia 28, em Porto Alegre, na partida entre Grêmio e Santos, a torcedora gremista, Patrícia Moreira, foi flagrada cometendo ato racista contra o goleiro do Santos Aranha, que foi vítima de ofensas por torcedores que ocupavam as cadeiras atrás do gol. 
          Após esse acontecimento o ato em questão foi levado pela procuradoria para ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) , que por unanimidade dos votos puniu o Grêmio com sua exclusão da Copa Do Brasil, podendo recorrer da decisão. Além disso os torcedores que cometeram o racismo foram punidos sem poder ir ao estádio por 720 dias. Lembrando que a decisão tomada não é definitiva.
           Com essa punição Patrícia Moreira resolveu se manifestar convocando uma entrevista coletiva para pedir desculpa ao goleiro, alegando que não é racista e que o xingou de "macaco" no calor do momento, quando o Grêmio perdia num jogo eliminatório para o Santos em casa, e também pediu desculpas a torcida do Grêmio. "Boa tarde. Eu queria muito pedir desculpas ao goleiro Aranha. Desculpas mesmo", afirmou. "Perdão, de coração. Eu não sou racista. Perdão, perdão", acrescentou a gaúcha de 23 anos. O seu advogado Alexandre Rossato disse que a jovem deseja pedir pessoalmente desculpas a Aranha.
           Não é a primeira vez que vemos atos de racismo no futebol isso também aconteceu com o brasileiro Daniel Alves, no estádio Villarreal quando um torcedor o atirou uma banana, mas de maneira surpreendente o lateral direito a pegou e comeu. O que mobilizou muitas campanhas contra o racismo na internet com a frase "somos todos macacos". O Italiano Balotelli também foi alvo de uma banana jogada pela torcida do time rival.
            É perceptível que em pleno século XXl ainda há vários casos de racismos e não só no futebol, como nas escolas, nos meio de trabalho, em comércios, enfim esse tipo de preconceito infelizmente ainda é muito comum.
            Para mais informações acesse:aqui, aqui e aqui


Lavínia de Andrade Sant'Anna - 9º ano

11 comentários:

  1. O irônico da situação é pensar que o Brasil, um país que tem uma população maravilhosamente miscigenada, carrega esse sentimento tão latente à alma humana, que vem se espalhando por toda parte, e recentemente, se destacou no esporte. Acredito que se escancara no universo dos esportes porque é um ambiente onde os negros brilham e se sobressaem, em diferentes modalidades – caso do futebol, do atletismo e do basquete, por exemplo. Motivados pela competição, torcidas adversárias usam a cor da pele como ofensa, fruto de um discurso de intolerância que estão acostumados a ouvir fora de campo. É preciso que sejam tomadas atitudes autênticas, como a que o jogador brasileiro, Daniel Alves, tomou. Ao bater um escanteio na Espanha, jogaram uma banana. Ele comeu a banana, bateu o escanteio e "saiu por cima", pois demostrou que não tinha vergonha nenhuma de ser negro. A repercussão do caso foi mundial, sendo constantemente elogiado por artistas que até organizaram uma campanha comendo bananas como forma de protesto. O jogador Aranha também demonstrou muita personalidade ao pedir que as câmeras filmassem a atitude dos torcedores e ao denuncia-los. É importante nossa sociedade se atente para o problema, e que as leis sejam rigorosamente cumpridas. O Brasil precisa dar exemplo ao mundo erradicando esse vergonhoso mau o mais rápido possível.

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  2. O texto apresentou um tema atual, que vem sendo muito discutido na mídia, e apresentou uma linguagem simples compreensível a todos. O resultado final foi muito bom.

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  3. O período do trabalho escravo foi deixado para trás, mas as atitudes preconceituosas da época ainda são cometidas por alguns indivíduos da nossa sociedade atual, e refletem nas atrocidades cada vez mais recorrentes nas práticas esportivas. A rivalidade entre times pode ser uma das explicações, mas alguns casos se tornam tão polêmicos que atingem a mídia e as pessoas pelo tamanho da crueldade cometida. O caso mais recente aconteceu ao goleiro do Santos Aranha, que sofreu ofensas da torcedora gremista Patrícia Moreira, mostrando que as práticas racistas ainda são muito comuns. Lavínia, seu texto ficou muito bom, já que você desenvolveu o assunto e como dito pela Júlia, usou uma linguagem simples.

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  4. Gostei muito de seu texto, Lavínia, desde a escolha do tema até a estrutura apresentada, que realmente se enquadrou com a proposta do projeto. Agora, atentando-me especificamente ao tema, só tenho a dizer que o racismo é um mau que infelizmente ainda é muito presente no mundo contemporâneo. Usar de características étnicas e culturais para buscar ofender um semelhante é de fato vergonhoso e pior, desumano. Para mim, não há desculpas para o que foi feito com o goleiro Aranha; por mais que jovem tente se justificar, sua atitude deve ser repudiada. Apesar disso, deve ser salientado também que ela foi muito exposta e serviu de bode expiatório por uma atitude torpe partilhada por centenas de outros torcedores, que deveriam ter sofrido com as mesmas consequências.

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  5. Infelizmente nos deparamos várias vezes com casos de preconceitos e atualmente o racismo no futebol mundial está muito presente na mídia. Lamentavelmente a atitude de torcedores reflete a realidade fora dos estádios. Normalmente as pessoas que cometem racismo são superficiais, pois não julgam as pessoas pelo o que realmente são e sim pela cor da pele, religião ou opção sexual. Esse ato injusto e desprezível vem embutido na sociedade há milhares de anos e já passou muito da hora de ser deixado de lado. Felizmente existem muitas pessoas que agem de maneira correta e respeitam as diferenças dos outros, para também serem respeitadas.
    Atualmente um ato de racismo que está na mídia é o de alguns torcedores do Grêmio que chamaram o goleiro Aranha de “macaco”. Mas, infelizmente, está não foi a primeira vez que a torcida do tricolor gaúcho esteve envolvida com essas polêmicas e a história comprova que essas situações existem há muito tempo e ainda não foram solucionadas, mesmo com as punições impostas ao time. Nos últimos seis anos o Grêmio esteve envolvido, em pelo menos, seis casos de racismo. Outro caso de preconceito que ocorreu esse ano foi de torcedores do Grêmio que ofenderam e xingaram o árbitro Márcio Chagas da Silva durante o Gauchão. Outros acontecimentos foram do ex-atacante do clube Maxi Lopez que ofendeu o zagueiro do cruzeiro, na época, Elicarlos na partida pela semifinal da Copa Libertadores e também em 2011 que, durante um clássico contra o Internacional, o atacante Zé Roberto foi alvo de manifestações racistas por parte da torcida do Grêmio.

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  6. O racismo é um grave tipo de agressão verbal e evidentemente em pleno século XXI ainda há discriminação, a falta de uma punição severa para quem pratica este tipo de ato é um dos principais problemas. As agressões morais não ficam apenas no limite do gramado. Nas arquibancadas, torcedores continuam colaborando com manifestações de racismo, como foi o caso da torcedora gremista Patrícia Moreira. E é por esse motivo que as vítimas desse tipo de agressão devem , assim como esses grandes ídolos e campeões dos gramados, “dar a volta por cima” e mostrarem-se superiores, pois casos como esse de Aranha e Daniel Alves, por exemplo, e pessoas com esse pensamento pequeno e inferior sempre vão existir.
    A partir dos numerosos casos de racismo no futebol, a FIFA organizou, após a Resolução de Buenos Aires, promulgada em 2001 em prol da luta contra o racismo, o Dia Contra a Discriminação da FIFA, o qual vem sendo promovido anualmente em uma das competições da entidade para elevar a conscientização sobre a necessidade de abolir o racismo e qualquer outra forma de preconceito no mundo todo.

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  7. O racismo no Brasil e em outros lugares do mundo é algo constantemente discutido por ser frequentemente praticado. O que é lamentável já que o período escravo já se foi há muitos anos, e a sociedade ainda não entende que a cor da pele não pode ser um motivo para um julgamento ou uma ofensa. Ser negro, branco, pardo ou indígena significa apenas ter uma raça, uma cultura e crenças distintas, isso não deve, nunca, ser motivo para gozação, preconceitos ou para um tratamento desigual entre as raças. No caso em questão em que a torcedora gremista xinga o goleiro do time rival ao seu, de macaco, é mais uma das ocorrências do racismo, porém é compreensível que no "calor do momento" os ânimos estejam exaltados, ainda mais quando envolve uma paixão tão grande pelos brasileiros como o futebol, porém se cada pessoa justificar seus atos como "o calor do momento" todo tipo de agressão e violência estarão isentos de castigo. Acredito que a punição que o time de futebol Grêmio sofreu não é exagerada ou severa demais, pois só assim, quando dói e afeta a paixão das pessoas, é que elas se conscientizam mais sobre seus atos e refletem bem antes de praticá-los. E quem sabe essas punições futebolísticas não são um começo para o fim do racismo também em ruas, comércios, escolas e no trabalho. Sobre o texto, ele apresentou uma ótima estrutura, um tema atual e muito falado na mídia, e uma boa questão para discussões.

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  8. Texto legal, gera uma discussão e abordagem interessante. Temos a mesma origem e apesar da cor todos somos ser humano. Para qualquer pessoa com o mínimo de educação o racismo é um ato ridículo. Infelizmente ele é muito frequente no futebol, as pessoas devem se conscientizar que ao ir ao estádio, devem respeitar o adversário, porque fora do campo de jogo, são pessoas iguais a todos e tenho certeza que ninguém gostaria de ser chamado de macaco ou algo semelhante.

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  9. O racismo é apenas uma das formas de preconceito que ocorrem no Brasil, país marcado pela intensa miscigenação dos povos e que portanto não deveria haver nenhum tipo de preconceito. Entretanto, a realidade brasileira é bem diferente, porque grupos de nordestinos, negros, homossexuais etc são discriminados por possuir preferencias diferentes ou então pela cultura que está dentro da pessoa desde que nasceu.
    Partido do ponto - futebol -, a pena aplicada foi condizente não pelo ato de racismo em si, mas porque grupos políticos ligados ao clube Grêmio defenderam a mulher que xingou o goleiro do Santos. Caso a pena fosse imposta '' apenas '' pelo xingamento por parte da torcida, eu não acredito que a pena seria justa, porque o clube não tem condições de controlar o comportamento de toda sua torcida, porque são milhões de torcedores.

    Parabéns Lavínia, gostei muito do seu texto tanto pela estrutura quanto pelo tema !
    :D

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  10. O racismo é algo que infelizmente está ligado a história do futebol, em minha opinião a punição sofrida pelo Grêmio é exemplar e deve ser seguida nos próximos casos que provavelmente voltarão a acontecer. O futebol brasileiro deveria seguir o modelo do futebol Inglês, o qual tem regras muito rígidas quando dizem respeito ao comportamento em estádios de futebol, a arquibancada é colada ao campo e sem nenhum alambrado, mas se alguém invadir o campo pode levar multa, ser expulso permanentemente do estádio ou até mesmo ser preso, mas que para isso aconteça deve-se ocorrer uma reeducação da torcida brasileira.

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  11. O racismo é apenas uma das formas de preconceito que ocorrem no Brasil, o que é lamentável já que o período escravo já se foi há muitos anos, e a sociedade ainda não entende que a cor da pele não pode ser um motivo para um julgamento ou uma ofensa. Ser negro, branco, pardo ou indígena significa apenas ter uma raça, uma cultura e crenças distintas, isso não deve, nunca, ser motivo para gozação, preconceitos ou para um tratamento desigual entre as raças.
    Gostei do seu tema Lavínia, tanto pela estrutura, mais também para mostrar oque está acontecendo não só no futebol brasileiro mais também na vida de muitas pessoas. Parabéns!

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