No
período das grandes navegações, os europeus, principalmente os portugueses e
espanhóis, abandonaram seu lugar de origem para conhecer, explorar e povoar um
novo mundo. Agora, no século XXI, o foco do ser humano não é atravessar o
oceano Atlântico, mas sim o espaço.
Em
junho de 2012, foi anunciado um plano
pela empresa Mars One, fundada pelo holandês Bas Landsdorp, para enviar à
Marte, a partir de 2023, entre 25 e 40 pessoas até o planeta em uma viagem
apenas de ida.
A
ideia é encaminhar para Marte a cada dois anos, pessoas que serão escolhidas
através de suas características pessoais, como inteligência, criatividade,
estabilidade psicológica e saúde. Tudo irá começar com o envio de um satélite
de comunicação em 2016, na qual em seguida, várias missões depositarão as
cápsulas que irão habitar os futuros astronautas.
O
desejo de entrar para a história fez com que 200.000 voluntários se inscrevessem
para fazer parte da missão, na qual 10.289 são brasileiros ( 5% do total).
Muitos pesquisadores da NASA duvidam que essa viagem tenha sucesso, não só
devido à falta de tecnologia para conduzir e sustentar os humanos em segurança
no planeta, mas também ao custo do projeto (6 bilhões de dólares).
Para saber mais sobre a missão assista ao vídeo abaixo:
Este mês, um grupo de pesquisadores do Instituto de Massachusetts
(MIT), anunciou durante o 65° Congresso Astronômico Internacional, em Toronto,
no Canadá, que a missão só obterá sucesso desde que ocorra dramáticos avanços
na tecnologia. Caso isso não ocorra, os novos habitantes do planeta Marte
morrerão rapidamente. Um dos problemas enfrentados são a falta d'água e o
oxigênio, fundamental para a vida humana.
Para
tentar encontrar um solução para a falta d'água, já foi instalado um sistema de
reciclagem que transformaria urina em água potável na Estação Espacial
Internacional (ISS) em 2009. Porém, ele quebrou e voltou a funcionar com apenas
70% da sua capacidade, o que seria fatal em uma viagem sem volta.
Uma
das tarefas realizadas pelos novos colonos seria o cultivo de alimentos e a
utilização de recursos do planeta. As plantações aconteceriam em um lugar
fechado, o que fariam com que o nível de oxigênio se tornasse tóxico. A inexistência de equipamentos para eliminar o excesso de
oxigênio sem provocar perda do nitrogênio, fundamental para manter a pressão do
ar adequada, faria com que a tripulação morresse sufocada após 68 dias do
início da missão.
Nesta
terça-feira (14) o CEO da Mars One, Bas Landsdorp, disse que há anos, têm sido
utilizado no espaço, equipamentos para retirar o dióxido de carbono da
atmosfera, e que estas tecnologias estarão prontas para garantir o sucesso da
missão. ''Eu conversei com especialistas [...] que me disseram que essas
tecnologias estarão funcionando”. Porém admitiu que haverá um desafio em manter
todos os materiais trabalhando, já que as peças precisam ser trocadas a cada
dois anos.
Mas
por que o ser humano escolheu o planeta Marte? Não apenas por estar mais
próximo ao nosso planeta, mas também pelas condições de sua superfície, que são
muito parecidos às da Terra, como por exemplo, a disponibilidade de água.
Eu,
Danielle, aluna do 9° ano, não sei se teria coragem para encarar uma aventura
como esta. E vocês, caros colegas, conseguiriam abandonar o seu planeta de
origem e migrar para outro mundo?
Para mais informações aperte
aqui,
aqui e
aqui.
Danielle Cunha - 9° ano